A arte brasileira passou por
uma quebra de evolução, estacionou no tempo e na sua mutação natural. Nas quatro
ultimas décadas não apresenta nenhum desenvolvimento em adaptações técnicas ou
em conhecimentos metodológicos, foi uma descontinuidade na comunicação estética
visual. E já tendo formado uma historia de bons artistas, a “nossa arte” teve
que passar por uma morte súbita na sua evolução. Houve uma destruição de anos de processos de trabalho e amadurecimento de uma
personalidade estética, devido à atração dos brasileiros pelos padrões da “moda-arte”, que vinham da euforia nos
momentos da revolução industrial européia e americana. Esta animosidade foi
iniciada em São Paulo e no Rio de janeiro, mais não passou de uma adoção de estilos de outros autores,
com costumes e estruturas sociais e políticas diferentes em determinado momento.
Devido a essa tempestade de modelos externos ocorreu um obscurecimento de muitas obras da artes brasileiras, muitos valores
foram enterrados vivos, grandes mestres
e grandes conhecimentos nas belas artes.
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FECHARAM A CORTINA PARA AS GRANDES OBRAS DA ARTE BRASILEIRA |
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AS MASCARAS DA ARTE MODERNA BRASILEIRA FORAM MUITAS |
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O modernismo foi assumido a
partir de então no Brasil, “não
aconteceu de forma espontânea”, veio como uma máscara que simbolizava a
libertação social e politica, entranhadas de uma aura que significava luz e
esperança. Como efeito da adoção destas novas receitas, modernas e pós-modernas,
surgiu então uma irmandade de aventureiros bem astutos que descobrem um momento
de se formalizar ganhos através do poder da novidade. Claro que não poderíamos
descartar as farras financeiras que escorreram pelos antros políticos até os
dias de hoje. Nesta agitação levaram
adiante a proposta de formalizar as novas ideologias estéticas, vindas de fora,
não que fossem ruins, mas queimavam instantaneamente uma parte da nossa
historia de artes plásticas. Cria-se um evento que iria iludir muita gente, “a semana de arte da nova burguesia de São
Paulo de 1922”, selando de uma vez a tumba que ocultaria uma boa parte da “arte brasileira” e descompensaria os
grandes valores estéticos que foram desenvolvidos até aquele momento.
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UMA GANGUE DE BURGUESES COM IDEIAS DESTRUIDORAS |
Foi assim oficializado o
obscurecimento da historia das artes plásticas, como uma bomba de efeito
condicionador, a nova ordem surgia, o novo entorpecia e o resto seguia ou
perdia a importância como arte. A diferença da Europa para o Brasil, é que
enquanto surgiam novas ideologias, as Academias de Belas Artes de lá nunca
fechavam e os museus do Louvre, do Prado, a National Gallery de Londres, o
museu de Amsterdan e tantos outros nunca deixaram de ter a sua grande
importância até os dias de hoje. No Brasil a Academia Nacional de Belas Artes
ficou sem interesse e virou museu. A maioria dos novos artistas brasileiros empolgados
com a modernidade, pensavam que entendiam de arte e foram sugestionados a possuir
tal sabedoria.
Na ultima ditadura, foi
levantada uma bandeira da libertação, que terminou por estimular um partidarismo potencializado entre os
artistas plásticos de vanguarda da época, conduzindo a todos a uma arte engajada em protestos, em forma e conteúdo,
tudo levado aos limites, já que os movimentos de arte na Europa e nos Estados
Unidos andavam bem falados. Tal foi o poder
da onda, que os artistas brasileiros adotaram o protesto de Marcel Duchamp
feito nos Estados Unidos, como um dos ícones insubstituíveis para a nova fase
da arte nas quatro ultimas décadas. Algo que agradaria muitíssimo o espirito de Duchamp, pois quando ele criou
o seu protesto, com o urinol sobre o pedestal, nem ele mesmo achou uma boa ideia
entre suas criações, pois só era um protesto.
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O BRASIL APRENDEU A FAZER ARTE ENGAJADA
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O ESPIRITO DE DUCHAMP JÁ ESTÁ DE SACO CHEIO |
No período entre a ditadura
militar brasileira e a fase da chamada arte
contemporânea, na década de oitenta em momentos de transição politica, os “modos” da arte já se encontravam até nos próprios regulamentos dos salões de
artes, já havia até uma norma oficial parida na própria expressão de
protesto. Já não eram apenas pinturas, esculturas e desenhos, poderiam ser expressões diversas que não
possuíssem nenhuma relação com as artes plásticas, mesmo assim enfiaram de
garganta a baixo as novas possibilidades, seria uma forma de iludir e atrair
membros para a “nova ordem” que estava a se formar. Neste trem entraram artista e aventureiros e
os que eram acadêmicos ou bons conhecedores da arte tiveram que saltar pelas
janelas, pois já estavam legalizados os
novos padrões de conceitos de arte para os brasileiros. Agora a arte servia
para o grito de libertação da sociedade, e seria a prova de que a
intelectualidade brasileira estaria atualizada e se pensava que isso os levaria
a liberdade e a um bom nível intelectual – “tremenda
ilusão”.
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NÃO SE SABE SE O SALÃO É DE TEATRO OU DE ARTES PLÁSTICAS |
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A FORÇA CARREGANDO A ARTE MODERNA DO BRASIL |
Hoje no Brasil, existe uma corrente ideológica de arte “oficializada”,
que apaga um passado serio de estudos e técnicas de grandes mestres, em quase
todos os estados brasileiros, muitos chegaram a produzir uma grande obra e foram
ofuscados pelo poder da arte contemporânea partidária. Todas estas grandes
produções de arte ficaram congeladas no
tempo, algumas ficaram em museus e consideradas
arquivo morto. Esta fantasia adotada como símbolo de salvação da
intelectualidade artística moderna atua
como uma ditadura estética há vários anos e já idiotizou uma grande camada
de artistas plásticos do Brasil, já transformou toda metodologia de ensino das
artes plásticas em todos os cursos de formação superior, onde a tecnologia e a
prática são extremamente importantes para o estudo da arte, trocando-se por ideologias conceituais e
formas de pensamentos padronizados, criando uma condição anárquica, onde os
artistas plásticos podem fazer de tudo, como por exemplo: amontoar bagulhos,
pedras, entulhar lixo, se masturbar em publico, se cortar e auto-mutilar, matar
animais, transar em publico, rosnar, relinchar, latir, pintar os órgão
genitais, defecar no meio do salão, etc. e intitular estes desvios patológicos
de conduta de “artes plásticas” e
ainda pior nestes, últimos anos para formalizar a abrangência desta
perturbações, o próprio Ministério de Educação passou a legalizar um novo nome
para estas atividades artísticas: “artes
visuais”. Que não passa de
ignorância pura, pois esta expressão se refere aos requisitos de uma centena de
atividades profissionais no campo visual já existente no país.
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OS LIMITES DA IDIOTICE |
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TIRAR A ROUPA PASSOU A SER O LEMA DA ARTE CONTEMPORÂNEA |
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A BIENAL DE SÃO PAULO SEMPRE ASSUMIU AS PORCARIAS |
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OS OBJETOS SEM SENTIDO DA ARTE CONCEITUAL |
Hoje, com a péssima formação
dos professores de artes plásticas nas faculdades de arte, com a inegável incapacidade de atuar como mestres
da pratica artística, visto que nunca a tiveram, está sendo comprovado uma
evolutiva decadência no ensino de primeiro e segundo graus, pois como resultado
desta idiotização nos conceitos de arte, estes alunos não poderiam estar em
piores mãos. Atualmente, professores levam turmas de crianças para exposições
de “arte contemporânea conceitual” em
galerias de arte, para verem expressões onde a moral e o raciocínio não faz
parte, e estes observam sangue e matança, automutilação, atos de toda espécie
de desvio de conduta, desde as aberrações sexuais aos mais fortes prenúncios do
crime e do vicio em droga. Porém, para o atual sistema cultural brasileiro,
nada se pode mudar, pois foi decido nos
autos escalões do governo, que é uma forma da criança compreender a
contemporaneidade. Por outro lado, o que leva o sistema a achar que todas
as crianças, adolescentes e artistas plásticos sérios, têm a obrigação de
engolir esta podridão que querem chamar de “arte contemporânea brasileira”, uma
arte que ficou amarrada na necessidade de possuir uma identidade intelectual no
passado, um desvio da própria estética, mantendo um presente sem nenhuma
esperança de estabilidade ética e moral.
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O IDIOTISMO IMPERANDO |
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PATOLOGICAMENTE ARTE CONCEITUAL |
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O SEXO TOMOU CONTA DAS BIENAIS |
Tudo leva a crer no Brasil, que
esta anarquia nas artes plásticas (artes visuais) não terá conserto, dentro dos
próximos 50 anos, gerações já foram condicionadas e poucos se dão conta. Hoje em
nosso país é muito fácil encontrar pessoas na rua e em algum evento cultural se
intitulando artista plástico e se lhes perguntamos sobre a sua profissão, falam
que são “artistas plásticos”. E se alguém pergunta qual a atividade que
praticam eles falam: eu gosto de catar
sapatos velhos, latas e cadeiras velhas nos lixos, para criar a minha obra;
outros dizem que gostam de fazer performances (uma expressão mais ligada às
artes cênicas) e seu trabalho consta em
juntar-se com o grupo e tirar as roupas, tomar um banho de tintas e depois se
masturbarem na frente das pessoas; outros falam que trabalham a “profundidade conceitual”, ocupam uma
sala grande tiram a roupa e um deles defeca
no meio da sala e todos colocam uma tampa de acrílico transparente sobre a
merda e esperam o público tentar alcançar o nível filosófico daquela obra
conceitual. Isto é o que o povo brasileiro está sendo obrigado a agüentar e
jamais vai entender porque passam por isso!
Para se chegar a tal domínio sobre o povo, vale a pena suspeitar que sem
dinheiro, isso não teria chegado a tanto, por traz destas aberrações estão as
lavagens de dinheiro, a farras nos cofres públicos, as trapaças eleitoreiras, as
quadrilhas de alto nível, as corrupções nos órgãos de cultura, as trocas de
favores, os patrocínios sinistros, a briga por cargos administrativos, etc.
etc. etc. Eis a arte que foi colocada para o Brasil nas
ultimas décadas!
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ARTISTAS CATADORES CRIAM OBRAS CONCEITUALISTAS |
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O CIRCO TOMOU CONTA |
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A GRANDE OBRA CONCEITUALISTA |
Nossa! Como queria ler uma crítica tão "na cara" como essa. Estou terminando o curso de Educação Artística e vi muita coisa sem sentido realmente,sobretudo no tocante à arte conceitual me perguntando: Isso é Arte? Tenho que gostar e ensinar isso? Alguém tem que criticar sim, e não o oposto seguindo aquela filosofia da arte pela arte e que a estética está presente em tudo... Gostei. Vou continuar amando a Arte e produzindo, mas quero manter o senso crítico!
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