sábado, 4 de agosto de 2012

ARTES PLÁSTICAS NO BRASIL MODERNO: UM APRENDIZADO SEM MÉTODOS E SEM CONTEÚDO.



A MODERNIDADE NO BRASIL ACABOU COM O VERDADEIRO ENSINO ARTÍSTICO



Após tantas adesões a modos e modas na arte brasileira, o que restou destas ondas do modernismo foram apenas fantasmas e uma banalização intensa dos estudos verdadeiros das Belas Artes. Criou-se uma ilusão de se estar vivendo uma nova escola, que esta novidade seria o caminho fácil, embora plagiando ao extremo, todos os tipos de estilos de artista da vanguarda Européia. Haviam trocado todos os métodos didáticos de evolução artística por padrões que não passavam por experiências práticas de estudos. Que significa um aprendizado a partir de estudos práticos de desenho e coordenação motora, prática da visualização real estimulando a memoria e a criatividade do estudante, evidenciando a sua personalidade artística. Os métodos adotados pela nova proposta eram vazios de conteúdo e afastava os alunos da sua própria personalidade, durante a criação, pois na verdade eram mais copias do que criação. Adotavam-se estilos de outros artistas como norma de produção de arte, e perdia-se para sempre a marca do individuo na obra criada. Esta nova didática de arte foi imposta no período da “ultima ditadura oficial”, sem analise ou consulta aos “mestres artistas” deste período, visto que, eles eram donos de ideologias politicas libertadoras e se caso eles formulassem este novo programa de ensino poderia ser fatal para o poder da época, além do mais, vários fanáticos pelo modernismo plagiador já estavam há muito tempo metidos no sistema da educação brasileira.
 

O ensino das artes plásticas, no primeiro e segundo grau, antes da chegada da arte moderna e antes da ultima ditadura, não eram de forma obrigatória, mas eram baseados em práticas de procedimentos artísticos, mostravam para as crianças e adolescentes os resultados de uma evolução individual e havia mais discernimento na capacidade de desenvolvimento da criação artística e mais valoração sobre o produto da personalidade do aluno criador.  Com a nova disciplina, “Educação Artística”, adotada a partir de então, oficializou-se que os indivíduos não necessitariam de possuir afinidade ou predisposição intelectual para este processo cognitivo. Cria-se uma “matéria abrangente de arte”, com o objetivo de fechar as possibilidades da expressão da personalidade do aluno, visto que, o enaltecimento deste fator poderia gerar personalidades fortes, o que não interessava ao poderoso processo de controle coletivo daquele momento (período da ditadura).  



O APRENDIZADO DA ARTE COM PROFISSIONALISMO FOI DECONSIDERADO NO ENSINO





UMA ÉPOCA ONDE TUDO PARECIA ESTAR DANDO CERTO, UM REBANHO PERFEITO.

 

Temos que entender que no aprendizado da arte existem variáveis dentro de cada área estética, que nos indicam tipos de estímulos adequados a cada corpo e a cada personalidade. Desta forma, a imposição de estímulos diferentes em receptividades distintas pode gerar conflitos e grandes possibilidades de recusas ao aprendizado de determinada expressão artística. A arte é um conteúdo de aprendizagem muito especifico na evolução cognitiva. O aprendizado das artes plásticas ocorre com a ativação constante dos canais sensoriais necessários ao processo, seja, do “visual ao tátil” ou do “tátil ao visual”, seja, “partindo da realidade para a fantasia” ou “da fantasia para a realidade”. Mas estes percursos cognitivos não são aspectos generalizados, pois a ação cerebral do processo não segue uma ordem, nem definitivamente abstrata e nem definitivamente concreta. A grande ilusão dos Arte-educadores leais à ditadura, era de que, poderiam fazer com que todos pintassem, esculpissem ou dançassem com o mesmo grau de sensibilidade, porem isto chegava algumas vezes a expulsar das mentes dos próprios alunos o interesse pelas belas artes. Grande ironia, fizeram de tudo que podiam fazer dentro da pedagogia para obter algum resultado desta proposta, mas não conseguiram penetrar na questão mais importante, que era, conseguir despertar a sensibilidade artística dos alunos. Conseguiram sim, algum resultado, o que todos sabem, que foi: despertar a anarquia no contexto escolar.
 


HOUVE UMA IMPOSIÇÃO DE MÉTODOS ERRADOS QUE GEROU UMA ANARQUIA NAS ESCOLAS



Resgatando a historia verdadeira, é necessário falar que confiaram os estudos das Artes do Brasil a um bando de pseudo educadores de arte, sem nenhuma formação artística  adequada e que mal sabiam como a arte ocorria na mente e no corpo humano. Criaram modelos de ensino-aprendizagem de arte como se a mente humana fosse um sistema unidimensional, sem poder de mutação. Estes “arte-educadores”, investiram numa abordagem incoerente, impuseram um método fora da ordem natural do processo artístico, que segue a seguinte seqüência: “percepção-pratica-cognição” e mudaram para: “percepção-cognição-pratica”. Algo totalmente conflitante, pois o instinto humano quando observado nas atitudes de um bebê, mostra que primeiro o bebê ver um objeto, leva a boca e sente o contato e só depois expressa a sua reação. O meio de comunicação inicial foi a sua visão, depois o tato, que significa a pratica e posteriormente o cérebro age na memorização do processo. Fatos científicos da arte foram interpretados pela psicologia da educação de forma padronizada, arriscando-se palpites, julgando-se que eram capazes de decifrar problemas do ensino-aprendizagem em arte através de teorias sem aplicação pratica e observação de resultados.



MUITOS QUERIAM DOMINAR A CIÊNCIA DA ARTE E NÃO SAIAM DA PRISÃO DO CONCEITO




O APRENDIZADO DA PROFISSÃO ARTÍSTICA TORNOU-SE UM FARDO




Como se não bastasse, as linhas de pesquisa acadêmicas no Brasil são controladas e manipuladas da mesma forma como são controlados os modelos da “arte contemporânea” adotados oficialmente. Um dos maiores problema nas Universidades brasileiras atualmente é que existem partidos acadêmicos ideológicos que sempre tomam os cargos administrativos e muitos são “descendentes da ditadura”, que mandam e desmandam nos trabalhos dos professores. São como irmandades hierárquicas, manipulam as normas mesmo sabendo que estão erradas. Não há credito para os pesquisadores e aqueles que sabem as necessidades dos cursos e quando provam uma tese, ela fica como fato arquivado, pois as universidades funcionam seguindo um regimento oficializado e rígido, sem sentido e lógica. Este assunto merece uma analise a parte, portanto, seguiremos a discussão sobre o problema do ensino das artes plásticas. Os cursos de Educação Artística em nosso país foram introduzidos como uma maneira de se atualizar as metodologias, mas, o tiro saiu pela culatra, e nada de grandioso resultou, apenas transformou-se numa pedagogia de arte anarquista. A formação dos professores com capacidade para dar aulas com domínio artístico não passava de 5% das necessidades reais e a colocação de aventureiros de outras áreas como professores de artes foi uma tragédia, não deixou mais do que sombras de estupidez.  



A ESTUPIDEZ DE COLOCAR DESQUALIFICADOS PARA ENSINAR ARTE



No Brasil diferentemente de outros países, colocaram os cursos de Educação Artística como uma disciplina suficiente para as necessidades sensitivas e criativas da sociedade, anularam as possibilidades de cada aluno de descobrir as suas afinidades e o seu crescimento como seres humanos. Impuseram uma abrangência nesta disciplina que não é real no processo cognitivo. A educação artística é um complemento importantíssimo na formação do individuo, porque estimula a capacidade percepção e o raciocínio, gera harmonia comportamental e ajuda na capacidade de solucionar problemas. É uma disciplina interativa e multidisciplinar de grande importância na construção da sociedade equilibrada, mas não poderia jamais substituir as disciplinas de formação artística. Estas disciplinas de formação artística deveriam estar presentes no segundo grau, porque gera uma formação de nível técnico artístico profissional importantissima.



AS DISCIPLINAS DE ARTE ERAM E AINDA SÃO IRRELEVANTE NAS ESCOLAS

 

Esta formação a nível técnico no segundo grau não foi oficializada nas escolas, portanto, foi afastada esta ótima possibilidade na educação dos brasileiros até hoje. Pensavam os dirigentes da pedagogia do Brasil, que a “arte-educação” da forma como foi idealizada na época levava a uma “formação artística”, pura imbecilidade ou ao mesmo tempo uma jogada astuciosa do regime da ditadura. Mas, pelo conhecimento de todos, este sistema ainda se mantém fortíssimo, submisso ao auto escalão dos controladores da pedagogia brasileira. O culto a imbecilidade ainda se mantém muito forte nestes túneis ideológico do ensino da arte no Brasil e já que os órgãos educacionais por força de “lei” impuseram a ideologia da arte contemporânea conceitual como padrão de ensino nas escolas, o vazio no aprendizado da arte vai continuar, o povo gostando ou não. Agora, não vai ser fácil mudar este sistema, pois este fato foi potencializado pela corrupção cultural, levando ou não ao analfabetismo estético os últimos e os próximos anos poderão ser negros para o aprendizado da arte no Brasil. - Deus salve o povo brasileiro damaldição das ditaduras!”   

 

OS ALUNOS DE ARTE FICARAM BEM FORMADOS, ASSIM!




O QUE O BRASIL GANHOU COM A EXCLUSÃO DA ARTE NO ENSINO ESCOLAR