terça-feira, 29 de dezembro de 2009

QUANDO NÃO SE REFLETE, SE ENGOLE: NO BRASIL A ARTE MODERNA FOI POSTA EM PRÁTICA ATRAVÉS DE UMA DITADURA FORMALIZADA NA BURGUESIA, COM APOIO POLÍTICO.

O QUE A SEMANA DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO EM 1922, REPRESENTOU NO PANORAMA CULTURAL DO PAÍS?!? TERÁ SIDO APENAS MAIS UM ENGODO, FORMALIZADO COM AS ARTEMANHAS POLÍTICAS DO BRASIL?!?


SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922

Foi uma mostra do que imaginavam ser revolucionário no campo das artes e uma tentativa de mostrar a expressão do povo, em sua linguagem e sua cultura, assim foi realizada a Semana de Arte Moderna de 22. Encontro marcado com a alta sociedade do Estado de São Paulo.

Dentre os participantes, destacam-se: na literatura, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Ronald de Carvalho, Manuel Bandeira, Menotti del Picchia, Graça Aranha e outros. Nas artes plásticas sobressaem pintores como Di Cavalcanti, Anita Malfatti, e no campo da escultura, Vítor Brecheret. Muitos artistas da época não participaram deste evento, pois se tratava de um encontro da burguesia Paulista.

A maior expressão da música de vanguarda do Modernismo no Brasil é Heitor Villa-Lobos. A Semana de Arte Moderna insere-se num quadro mais amplo da realidade brasileira. Vários historiadores já a relacionaram com a “revolta tenentista” e com a “criação do Partido Comunista”, ambas de 1922. Embora as aproximações não sejam imediatas, foi visível o desejo de mudanças que acontecia no país, tanto no campo artístico, como no campo político.

Um dos equívocos mais freqüentes das análises da Semana de 22, consiste em identificá-la com os valores de uma classe média emergente. Ela foi patrocinada pela elite agrária paulista. E os princípios nela expostos adaptavam-se às necessidades da “refinada oligarquia do café”. Umas oligarquias cosmopolitas, cujos filhos estudavam na Europa e lá entravam em contato com o dito "moderno". Uma oligarquia desejosa de se diferenciar culturalmente dos grupos sociais. Enfim, uma classe que encontrava no jogo europeísmo (adoção do "último grito" europeu) - primitivismo (valorização das origens nacionais) - que marcaria a primeira fase modernista – a expressão contraditória de suas aspirações ideológicas.

Outro equívoco é considerar o movimento como essencialmente anti-burguês. O poema Ode ao burguês, de Mário de Andrade, e alguns escritos de outros participantes da Semana podem levar a esta conclusão. Mas nunca podemos esquecer que a burguesia rural apoiou os renovadores. E, além disso, toda crítica dirigia-se a um tipo de “burguesia urbana”, composta geralmente de imigrantes, inculta, limitada em seus projetos, sem grandeza histórica, ao contrário das camadas cafeicultoras, cujo nível de refinamento cultural e social era muito maior. Neste caso, os modernistas se comportam como aqueles velhos aristocratas que menosprezam a mediocridade dos "novos-ricos".
NA REALIDADE O QUE SE PASSOU FOI UM GRANDE PLAGIO

Paul Cezanne

Anita Malfatti

OBJETIVOS DA SEMANA DE ARTE MODERNA

- Contra o passadismo – como diz Aníbal Machado: “Não sabemos definir o que queremos, mas sabemos discernir o que não queremos”;
- Contra a rigidez formal, o hermetismo, o culto de rimas, o verso perfeito dos parnasianos;
- Contra a oratória, a eloqüência, a linguagem classicizante; procura de uma linguagem mais coloquial, mais próxima da língua falada;
- Contra o tradicional acadêmico;
- Seguindo fundamentalmente três preceitos: direito à pesquisa; estabelecimento de uma consciência nacional; atualização da inteligência artística brasileira.

A importância estética da Semana de 22 é realizada por jovens inexperientes, sob o domínio de doutrinas européias nem sempre bem assimiladas, conforme acentuam alguns críticos, ela significa também o atestado de óbito da arte dominante. O academicismo plástico, o romantismo musical e o parnasianismo literário esboroam-se por inteiro. Assumi-se a destruição da academia de Belas Artes, já sendo conduzida por mestres brasileiros, abala-se a estrutura da arte brasileira em seu potencial, apenas para satisfazer a euforia de uma minoria que dominava a mídia e a política no centro sul do Brasil, e estava de amores com as modas na arte européia.

OS ESTILOS ERAM COPIADOS DA EUROPA
Henri Rousseau

Tarsila do Amaral

Ela cumpriu a função de qualquer vanguarda: exterminar o passado e limpar o terreno. É possível, por outro lado, que a Semana de 22 não tenha se convertido no fato mais importante da cultura brasileira, como queriam muitos de seus integrantes. Há dentro dela, e no período que a sucede imediatamente (1922-1930), certa ironia superficial e enorme confusão no plano das idéias. Com efeito, os autores que organizaram a Semana colocaram a renovação estética acima de outras preocupações importantes. As questões da arte são sempre remetidas para a esfera técnica e para os problemas da linguagem e da expressão. O principal inimigo eram as formas artísticas do passado. Matar o passado para se vangloriar das mudanças culturais, que nunca aconteceram na verdade, ficou apenas a irônica modernidade fabricada, que não aconteceu, apenas, foi imposta por grupos dominantes, coisa que sempre foi comum no Brasil. Agora, com o passar dos tempos, pode-se refletir melhor, sobre a grande bobagem que foi esta Semana de 1922, pois atrasou a evolução da cultura artística nacional em décadas, e o Brasil ainda hoje, é viciado em plagiar a arte estrangeira.

A arte no Brasil, nunca esteve dependente desta casual Semana de 1922, mal compreendia pela maioria dos brasileiros, pois muitos dos grandes artistas modernos do Brasil não tiveram nenhuma ligação com tal fato, esta idéia foi proposta para, atualizar a intelectualidade brasileira em relação à Europa, mas pouco trouxe para a arte a não ser a mentalidade política de dominação cultural. Porém, tal processo, não elevou o valor da Arte como se imagina e não tardou a repetir-se o fato, com a criação da Bienal de Arte de São Paulo, onde se fez continuar “os monopólios na arte brasileira”.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

FARSA EM CIMA DE FARSA, EIS A QUESTÃO DA ARTE NO BRASIL. MERCADO MORTO PARA OS ARTISTAS PLÁSTICOS, O PIOR VIRÁ!


A DESGRAÇA DA CULTURA, ESTÁ OFICIALIZADA. O POVO JÁ VIVE UM DILEMA: SE TUDO É ARTE, ENTÃO PARA QUE ARTE?


São poucos que tentam falar sobre o que ver e dizer o que sente, pois a grande TEMPESTADE DE IDIOTISMO que inunda a mente da sociedade atual anula qualquer possibilidade de evolução. Na arte contemporânea, estamos vendo, principalmente no Brasil, uma guerrilha covarde e oculta, coordenada por elementos intitulados: “responsáveis por setores culturais do País”. Não precisamos ir muito adentro, para se ver a grande manobra que se faz na cultura brasileira, tudo através de órgãos acobertados pelo próprio governo. Tem-se a impressão de que tudo corre bem, mas, quando se investiga a questão a fundo, encontra-se a CARNIÇA ESCONDIDA, por traz de Instituições Públicas, Museus, Universidades e outros Órgãos. Não passa de um imenso cartel, de pessoas aventureiras e artistas frustrados, famintos por empregos de origem eleitoreira ou concursos acobertados, erguendo-se majestosamente em instituições culturais, como diretores, coordenadores, secretários de departamentos ligados diretamente à cultura do país, sangrando a economia do país, levando todas as espécies de vantagens sobre o dinheiro dos impostos do povo brasileiro. A crise da consciência artística é mundial, mas se podermos apenas, ver o que está acontecendo no Brasil, já se poderia salvar uma grande quantidade de almas, “a condenação ao extermínio”, pois quem levará a pior, são os bons artistas, intelectuais que lutam por uma arte séria, sem farsas e sem hipocrisia.