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A MODERNIDADE NO BRASIL ACABOU COM O VERDADEIRO ENSINO ARTÍSTICO |
Após
tantas adesões a modos e modas na
arte brasileira, o que restou destas ondas do modernismo foram apenas fantasmas
e uma banalização intensa dos estudos verdadeiros das Belas Artes. Criou-se uma
ilusão de se estar vivendo uma nova escola, que esta novidade seria o caminho
fácil, embora plagiando ao extremo, todos os tipos de estilos de artista da
vanguarda Européia. Haviam trocado todos os métodos didáticos de evolução artística
por padrões que não passavam por experiências práticas de estudos. Que
significa um aprendizado a partir de estudos práticos de desenho e coordenação
motora, prática da visualização real estimulando a memoria e a criatividade do
estudante, evidenciando a sua personalidade artística. Os métodos adotados pela
nova proposta eram vazios de conteúdo e afastava os alunos da sua própria
personalidade, durante a criação, pois na verdade eram mais copias do que
criação. Adotavam-se estilos de outros
artistas como norma de produção de arte, e perdia-se para sempre a marca do
individuo na obra criada. Esta nova didática de arte foi imposta no período da “ultima ditadura oficial”, sem analise
ou consulta aos “mestres artistas”
deste período, visto que, eles eram donos de ideologias politicas libertadoras
e se caso eles formulassem este novo programa de ensino poderia ser fatal para
o poder da época, além do mais, vários fanáticos pelo modernismo plagiador já estavam há muito tempo metidos no sistema
da educação brasileira.
O
ensino das artes plásticas, no primeiro e segundo grau, antes da chegada da
arte moderna e antes da ultima ditadura, não eram de forma obrigatória, mas eram
baseados em práticas de procedimentos artísticos, mostravam para as crianças e
adolescentes os resultados de uma evolução individual e havia mais
discernimento na capacidade de desenvolvimento da criação artística e mais
valoração sobre o produto da personalidade do aluno criador. Com a nova
disciplina, “Educação Artística”,
adotada a partir de então, oficializou-se que os indivíduos não necessitariam
de possuir afinidade ou predisposição intelectual para este processo cognitivo.
Cria-se uma “matéria abrangente de arte”, com o objetivo de fechar as possibilidades
da expressão da personalidade do aluno, visto que, o enaltecimento deste fator poderia
gerar personalidades fortes, o que não interessava ao poderoso processo de
controle coletivo daquele momento (período da ditadura).
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O APRENDIZADO DA ARTE COM PROFISSIONALISMO FOI DECONSIDERADO NO ENSINO |
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UMA ÉPOCA ONDE TUDO PARECIA ESTAR DANDO CERTO, UM REBANHO PERFEITO. |
Temos
que entender que no aprendizado da arte existem variáveis dentro de cada área
estética, que nos indicam tipos de estímulos adequados a cada corpo e a cada
personalidade. Desta forma, a imposição de estímulos diferentes em
receptividades distintas pode gerar conflitos e grandes possibilidades de recusas
ao aprendizado de determinada expressão artística. A arte é um conteúdo de
aprendizagem muito especifico na evolução cognitiva. O aprendizado das artes
plásticas ocorre com a ativação constante dos canais sensoriais necessários ao
processo, seja, do “visual ao tátil” ou do
“tátil ao visual”, seja, “partindo
da realidade para a fantasia” ou “da
fantasia para a realidade”. Mas estes percursos cognitivos não são aspectos
generalizados, pois a ação cerebral do processo não segue uma ordem, nem
definitivamente abstrata e nem definitivamente concreta. A grande ilusão dos Arte-educadores leais à ditadura, era
de que, poderiam fazer com que todos pintassem, esculpissem ou dançassem com o
mesmo grau de sensibilidade, porem isto chegava algumas vezes a expulsar das mentes dos próprios alunos o
interesse pelas belas artes. Grande ironia, fizeram
de tudo que podiam fazer dentro da pedagogia para obter algum resultado desta
proposta, mas não conseguiram penetrar na questão mais importante, que era,
conseguir despertar a sensibilidade artística dos alunos. Conseguiram sim,
algum resultado, o que todos sabem, que foi: despertar a anarquia no contexto escolar.
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HOUVE UMA IMPOSIÇÃO DE MÉTODOS ERRADOS QUE GEROU UMA ANARQUIA NAS ESCOLAS |
Resgatando
a historia verdadeira, é necessário falar que confiaram os estudos das Artes do
Brasil a um bando de pseudo educadores
de arte, sem nenhuma formação artística
adequada e que mal sabiam como a arte ocorria na mente e no corpo
humano. Criaram modelos de ensino-aprendizagem de arte como se a mente humana
fosse um sistema unidimensional, sem poder de mutação. Estes “arte-educadores”,
investiram numa abordagem incoerente, impuseram um método fora da ordem natural
do processo artístico, que segue a seguinte seqüência: “percepção-pratica-cognição” e mudaram para: “percepção-cognição-pratica”. Algo totalmente conflitante, pois o
instinto humano quando observado nas atitudes de um bebê, mostra que primeiro o
bebê ver um objeto, leva a boca e sente o contato e só depois expressa a sua
reação. O meio de comunicação inicial foi a sua visão, depois o tato, que
significa a pratica e posteriormente o cérebro age na memorização do processo.
Fatos científicos da arte foram interpretados pela psicologia da educação de
forma padronizada, arriscando-se palpites, julgando-se que eram capazes de
decifrar problemas do ensino-aprendizagem em arte através de teorias sem
aplicação pratica e observação de resultados.
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MUITOS QUERIAM DOMINAR A CIÊNCIA DA ARTE E NÃO SAIAM DA PRISÃO DO CONCEITO |
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O APRENDIZADO DA PROFISSÃO ARTÍSTICA TORNOU-SE UM FARDO |
Como
se não bastasse, as linhas de pesquisa acadêmicas no Brasil são controladas e
manipuladas da mesma forma como são controlados os modelos da “arte
contemporânea” adotados oficialmente. Um dos maiores problema nas Universidades
brasileiras atualmente é que existem partidos acadêmicos ideológicos que sempre
tomam os cargos administrativos e muitos são “descendentes da ditadura”, que mandam e desmandam nos trabalhos dos
professores. São como irmandades hierárquicas, manipulam as normas mesmo
sabendo que estão erradas. Não há credito para os pesquisadores e aqueles que
sabem as necessidades dos cursos e quando provam uma tese, ela fica como fato
arquivado, pois as universidades funcionam seguindo um regimento oficializado e
rígido, sem sentido e lógica. Este assunto merece uma analise a parte, portanto,
seguiremos a discussão sobre o problema do ensino das artes plásticas. Os
cursos de Educação Artística em nosso país foram introduzidos como uma maneira
de se atualizar as metodologias, mas, o tiro saiu pela culatra, e nada de
grandioso resultou, apenas transformou-se numa pedagogia de arte anarquista. A formação dos professores com
capacidade para dar aulas com domínio
artístico não passava de 5% das necessidades reais e a colocação de
aventureiros de outras áreas como professores de artes foi uma tragédia, não
deixou mais do que sombras de estupidez.
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A ESTUPIDEZ DE COLOCAR DESQUALIFICADOS PARA ENSINAR ARTE |
No
Brasil diferentemente de outros países, colocaram os cursos de Educação
Artística como uma disciplina suficiente para as necessidades sensitivas e
criativas da sociedade, anularam as possibilidades de cada aluno de descobrir
as suas afinidades e o seu crescimento como seres humanos. Impuseram uma
abrangência nesta disciplina que não é real no processo cognitivo. A educação
artística é um complemento importantíssimo na formação do individuo, porque
estimula a capacidade percepção e o raciocínio, gera harmonia comportamental e
ajuda na capacidade de solucionar problemas. É uma disciplina interativa e
multidisciplinar de grande importância na construção da sociedade equilibrada,
mas não poderia jamais substituir as disciplinas
de formação artística. Estas disciplinas de formação artística deveriam
estar presentes no segundo grau, porque gera uma formação de nível técnico
artístico profissional importantissima.
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AS DISCIPLINAS DE ARTE ERAM E AINDA SÃO IRRELEVANTE NAS ESCOLAS |
Esta
formação a nível técnico no segundo grau não foi oficializada nas escolas,
portanto, foi afastada esta ótima possibilidade na educação dos brasileiros até
hoje. Pensavam os dirigentes da pedagogia do Brasil, que a “arte-educação” da forma como foi idealizada na época levava a uma “formação
artística”, pura imbecilidade ou ao mesmo tempo uma jogada astuciosa do regime
da ditadura. Mas, pelo conhecimento de todos, este sistema ainda se mantém
fortíssimo, submisso ao auto escalão dos
controladores da pedagogia brasileira. O culto a imbecilidade ainda se
mantém muito forte nestes túneis ideológico do ensino da arte no Brasil e já
que os órgãos educacionais por força de “lei” impuseram a ideologia da arte contemporânea conceitual como padrão de ensino
nas escolas, o vazio no aprendizado da arte vai continuar, o povo gostando ou
não. Agora, não vai ser fácil mudar este sistema, pois este fato foi
potencializado pela corrupção cultural, levando ou não ao analfabetismo estético os últimos e os próximos anos poderão ser
negros para o aprendizado da arte no Brasil. - Deus salve o povo brasileiro da “maldição das ditaduras!”
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OS ALUNOS DE ARTE FICARAM BEM FORMADOS, ASSIM! |
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O QUE O BRASIL GANHOU COM A EXCLUSÃO DA ARTE NO ENSINO ESCOLAR |